Nada mete mais medo em Mari do que dormir. Ela acredita piamente que, enquanto cai no sono, incorpora espíritos sedentos por realizar vinganças no plano terreno. Sem conseguir lidar com o problema e correndo o perigo de ela mesma virar um fantasma procurando um corpo para entrar, Mari fala com uma psicóloga. Não, para ela nunca. A terapia é... para os espíritos! Mari acredita que é um caso perdido. Ela já tentou de tudo: descarrego em igrejas, psiquiatra, terapia, terreiros. Nada deu conta. O espírito quer o seu corpo, o espírito tem.

Madalena, a psicóloga, começa tratando o caso como se Mari tivesse múltiplas personalidades. Aos poucos, as evidências de que são espíritos mesmo começam a jorrar na sua cara e ela vai concluindo que talvez os seres do além sejam reais. Assim, acompanhamos Mari, a médium que rejeita seu dom, lutando para se tornar uma “pessoa normal” — e Madalena, a psicóloga que tenta não enlouquecer com sua paciente. Nesse jogo de forças está o coração de A Mensageira, uma história atual e moderna sobre a linha tênue entre o mundo espiritual e a loucura.